Há cerca de um ano, empresa usa modalidade marítima no transporte de matéria-prima e de produtos para as regiões Norte, Nordeste e Sul do Brasil, e para o exterior.
Alternativa sustentável ao transporte rodoviário, com menor índice de acidentes, de emissão de poluentes e também com menor custo operacional, a cabotagem é a opção logística que mais cresce na Paraibuna Embalagens. Caracterizada pelo transporte de cargas entre portos, seja no Brasil, ou no exterior, esse modal tem sido usado na aquisição de matéria-prima (aparas de papel), assim como para o envio de produtos a clientes das regiões Norte e Nordeste do Brasil e de países da América Latina.
Com o crescimento no volume de exportações e da conquista de novos mercados nacionais, a tendência é que a essa modalidade logística seja cada vez mais utilizada pela empresa. Porém, tudo depende da necessidade do cliente em relação ao prazo para receber o produto e também da infraestrutura de cada localidade, o que demanda uma estratégia de operação logística multimodal.
Desde que tomou a decisão de iniciar a exportação de bobinas de papel para a América Latina, principalmente para a América do Sul, a Paraibuna vem ganhando know-how para operações de longas distâncias, abrangendo desde sistemas de monitoramento até a busca por parceiros logísticos rodoviários confiáveis.
Chegamos a exportar volumes altíssimos, por exemplo, para o Chile, cruzando a Cordilheira dos Andes, via terrestre, sem nenhum tipo de ocorrência durante meses, mesmo no período do inverno. O Transit Time, que é o tempo de entrega, foi muito bem monitorado, muito padronizado, em função de acordos que estabelecemos com parceiros logísticos e também por meio do sistema de controle que nós mesmos desenvolvemos.
Mário Henrique - Gerente comercial da divisão papel
Com a entrada em operação da chamada Máquina 8, mais recente aquisição da Paraibuna Embalagens para a fabricação de papel, houve uma mudança significativa de patamar e de estrutura de produção. “Nos tornamos não só autossuficientes no abastecimento de papel, mas ainda um dos grandes fornecedores de papel para embalagem do mercado brasileiro. Isso determinou estrategicamente, que a gente expandisse”, acrescenta Mário Henrique.
Tradicionalmente, a empresa atuava fortemente nas regiões Sul e Sudeste e, a partir da operação da Máquina 8, ingressou no mercado internacional, através da América Latina, além de atender praticamente todas as regiões do Brasil. A conquista desses novos espaços permitiu à Paraibuna Embalagens o desenvolvimento de novas expertises em transporte.
“Incrivelmente, o Brasil é tão grande que transitá-lo demanda mais distâncias do que, por exemplo, exportar para a Argentina ou até mesmo para o Chile. Por isso, entendemos que era necessário também ter uma polivalência, ter a opção multimodal. Partimos para o transporte marítimo, através da cabotagem, dentro do país, o que exigiu a busca por parceiros logísticos, confiáveis, e alinhados com nossa filosofia”.
Nos últimos quatro anos, a Paraibuna Embalagens tem provocado uma grande mudança em sua cultura organizacional quando o assunto é logística, explica o coordenador de Logística, Glauber Luiz da Silva Barbosa. Além do multimodal, da cabotagem, do modal marítimo, a empresa fez uma série de reestruturações na utilização do transporte rodoviário com a contratação de empresas especializadas em longas distâncias e em exportação e na substituição de carreteiros por transportadoras.
Conseguimos absorver todos eles. Alguns melhoraram seus caminhões, outros migraram para carretas, mas estão todos na operação. Os que não estão é porque decidiram sair do ramo.
Glauber Luiz da Silva Barbosa - Coordenador de Logística na unidade de Juiz de Fora
Segundo o coordenador, a mudança implicou diretamente em uma maior profissionalização da atividade, com a definição de tabela geral de preços para o frete, de melhor performance nas entregas, de redução de tempo do transporte, de maior apoio aos caminhoneiros, e acompanhamento em tempo real dos caminhões, dentre outros benefícios.
Em breve, com a aquisição de um sistema de gerenciamento de transportes (TMS), sigla para Transportation Management System, integrado ao Protheus, que é o ERP (sistema operacional) da Paraibuna Embalagens, a área de logística ingressará em um novo patamar. “Isso dará mais celeridade ao nosso processo operacional, mais visibilidade, mais confiabilidade. Estaremos concluindo um ciclo que começou anos atrás. O TMS que estamos adquirindo é dotado de Inteligência Artificial, o que elevará o trabalho a outro nível”, observa Glauber.
Focada em ampliar cada vez mais a estratégia de logística reversa, a Paraibuna Embalagens busca desenvolver novos fornecedores de aparas de papel nos mercados em que atua comercialmente. Por isso, tem utilizado a cabotagem também para a aquisição de matéria-prima.